Na verdade a fotografia me escolheu. Sempre gostei de fazer fotos e editar, mas isso ficou mais intenso na minha vida quando o meu filho nasceu. Sabe quando a gente quer comparar as fotos dos pais com o bebé para saber com quem parece? Pois, me dei conta que eu tinha poucas fotos minhas bebé onde meu rosto aparecia com clareza, eram fotos de longe, não se percebia muito bem as minhas expressões. E aí eu pensei: meu filho não tem que passar por isso! E comecei a fotografar, de telefone mesmo, mas vários momentos do dia dele, as expressões, as gracinhas, as evoluções e até hoje me perco vendo aquelas fotos.
Aí na pandemia, depois de alguns amigos me incentivarem e algumas circunstâncias favorecerem, resolvi fazer o mesmo por outras pessoas.
Porque outras mães também querem essas lembranças dos filhos, o casal quer guardar aqueles olhares apaixonados, a gestante quer poder mostrar ao filho o quanto estava feliz no momento da gravidez e pensei, preciso desenvolver isso!
Quantas vezes deixamos de ter fotos importantes porque o nosso filho não quis ser fotografado? E o marido que está sempre fugindo das foto porque ele só conhece aquele modelo de foto posada. Porque não tem ninguém com esse olhar de fora capaz de captar as emoções, as entrelinhas.
A fotografia afetiva tem esse olhar sensível, que observa de forma profunda as relações humanas, atento aos sorrisos e olhares mais verdadeiros e é capaz de mostrar em imagens as reais conexões que existe entre a pessoas.